sexta-feira, 19 de julho de 2013

Curso de Educação e Formação de Adultos


Olá a todos

Chegamos à fase final do nosso curso de “ Educação e Aprendizagem de Adultos”. Foi gratificante esta experiência e mais do que isso enriquecedora num tema em que eu não tinha qualquer noção de como tudo se processava.

Batizei este Blog com o nome “ O saber ocupa lugar “ exatamente por oposição ao ditado popular que nos diz que o saber não ocupa lugar. Não ocupa um lugar material e físico mas ocupa sem dúvida lugar dentro de cada um de nós, na medida em que nos torna mais ricos , com maior autoestima e com maior capacidade para enfrentar novos desafios.


Neste curso abordamos vários temas, utilizamos formas de educação formal, não formal e informal com adultos que deixaram o sistema de ensino dito regular,. Abordamos  as teoria e modelos de aprendizagem  . Fizemos uma incursão histórica pelas  várias formas  que este tema da educação adultos assumiram. Estudamos  a Aprendizagem ao Longo da Vida e o modo como este se tornou um tema  de elite junto de instituições nacionais e internacionais e um caminho para o desenvolvimento integrado dos países.

Por último foi-nos pedido que elaborássemos um projeto educativo aplicando todos os conceitos  e conhecimentos que nos foram sendo transmitidos ao longo deste curso.
Fiz o meu projeto educativo sobre “ Uma experiência no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha “ em Coimbra na expectativa de ter cumprido os objetivos.

Porque o método que utilizamos neste curso foi essencialmente “ dialógico-relacional” quero agradecer todos os contributos dos colegas e intervenções sempre atempadas e oportunas dos nossos formadores.

Escolhi para encerramento deste Blog uma citação  Reginaldo Manuel Sitoe do Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa

 “A aprendizagem ao longo da vida significa que, se uma pessoa tem o desejo de aprender, ela terá condições de fazê-lo, independentemente de onde e quando isso ocorre. Para tanto, é necessária a confluência de três fatores: que a pessoa tenha a predisposição de aprendizagem, que existam ambientes de aprendizagens (centros, escolas, empresas, etc.) adequadamente organizados e que haja pessoas que possam auxiliar o aprendiz no processo de aprender (agentes de aprendizagem), para além de que esta aprendizagem deve ir ao encontro das necessidades do mercado de trabalhos e quiser fazer face ao desemprego.”

Sem dúvida que os cursos de educação e formação de adultos são uma janela de oportunidade.

Até logo.

20.07.2013

Fernanda Mexia

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Desenvolvimento local e projetos educativos




Olá boa tarde!
Neste  IIIº módulo estudamos as várias  formas que um projeto educativo pode assumir. Da leitura de um dos documentos , são propostos por Canário (1999), entre outros autores , quatro tipos de práticas educativas:
a)     A alfabetização,
b)     Formação profissional contínua,
c)     A animação sócio cultural,
d)     E os processos articulados de educação de adultos e desenvolvimento local.
Muitos outros tipos existem para definir os projetos da educação de adultos, e Armando Loureiro acaba por nos dizer que “ existem muitas classificações e muitas outras poderiam ser dadas”. Em todas elas existem semelhanças de terminologia e de conteúdo, pelo que o autor propõe que devemos distinguir:
- A educação compensatória,
- A formação profissional,
- A educação de adultos cultural e
- A educação de adultos social.

Depois existem outros tipos que reúnem ou englobam dois ou mais dos tipos apresentados e dá como exemplo os curso EFA – Educação e Formação de Adultos que tem uma componente de educação e uma componente de formação profissional.

Existem muitos autores que entendem  que  a educação de adultos é uma das formas de proporcionar o desenvolvimento local. Não reduzindo a educação de adultos à alfabetização, mas antes apresentando-a como um contributo para o desenvolvimento local.
O programa LEADER da comunidade europeia sendo um programa essencialmente de desenvolvimento rural, conseguiu associar-se a iniciativas de desenvolvimento local, realizadas por programas de educação de adultos.

O desenvolvimentos local parte da situação existente no local, ou seja, das necessidades, dos problemas reais das populações , dos recursos e oportunidades de desenvolvimento. Assim o primeiro passo consiste em identificar as necessidades da população.Este processo tem um valor formativo enorme, pois com ele as pessoas aprendem a conhecer-se.”  Este processo exige muita informação, diálogo, debate, comunicação e cooperação, deverá ser um processo de aprendizagem mútua de construção coletiva de conhecimento no qual devem participar os agentes externos e os interessados nesse processo, passando estes de simples destinatários a participantes do seu próprio desenvolvimento”  in Armando Loureiro.

Conclusão – A educação de adultos no contexto do desenvolvimento local deve partir dos recursos locais, sobretudo dos humanos, das suas necessidades e experiências, numa perspetiva de valorização desses mesmo recursos”. Deve ainda basear-se na troca de saberes e experiências entre os vários intervenientes no processo (educadores, educandos, técnicos e outros), deve portanto ser “ um processo baseado em métodos interativos, participativos, cooperativos, um processo relacional e dialógico”

17.07.2013

Fernanda Mexia

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Projectos Educativos


Olá boa tarde
Estudamos neste último módulo vários tipos de projetos educativos. Foram-nos apresentadas  várias  formas/ organizações de projetos educativos para podermos ter uma noção mais prática de como eles se desenvolvem no terreno. Não queria deixar de citar a Ana António numa das sua participações no espaço de discussão quando faz referência  a um documento designado por “Tempo de Pensar e Repensar os Projetos Educativos” . Diz o documento
“Os diversos intervenientes nos projetos educativos, quando pretendem fazer aprovar um instrumento de médio prazo, no seio da comunidade educativa e formativa, mesmo que os tempos sejam algo conturbados, devem ter a necessária clarividência para:
a )Fazer os projetos educativos de forma coerente com aquilo que são os diagnósticos de necessidades dos respetivos territórios;
b) Responder às necessidades do tecido económico e social envolvente;
c) Ter em conta os interesses vocacionais dos jovens;
d) Prever uma forma de organização da formação exigente e uma avaliação em linha com os parâmetros científicos mais consistentes.
e) Permitir a adoção de práticas reflexivas assentes no pressuposto da melhoria contínua.
Os projetos educativos e formativos devem ser os faróis das Escolas. Devem indicar os caminhos. Apontar estratégias. Indicar metas.”

Luís Presa, Presidente da ANESPO- Associação Nacional de Escolas Profissionais “Tempo de Pensar e Repensar os Projetos Educativos”

Tal como a Ana não poderia estar mais de acordo com o que aqui se refere , e retomando as palavras  da doutora Rita , projetos “ avulso” esgotam-se no exato momento  em que se dão por concluídos sem qualquer  desenvolvimento para o futuro , e sem qualquer capacidade prospetiva.

15.07.2013