quarta-feira, 26 de junho de 2013

Teorias e modelos da aprendizagem



                  As Teorias da Aprendizagem

Na sociedade em mudança a aprendizagem dá-se em função de novas expetativas e sob o impacto  das novas tecnologias , o que mais uma vez coloca em destaque a importância das experiências de vida,
a)     Como são a capacidade de reflexão
b)     Dos processos de tomada de decisão
c)     E de autonomia que eles implicam
Assim as perspetivas sobre aprendizagem tendem a valorizar aspetos intrínsecos ou extrínsecos. No âmbito das que valorizam os aspetos intrínsecos temos:
1)      Psicanalíticas
2)      Humanistas
3)      Construtivistas
4)      Funcionalistas
Nas teorias que valorizam essencialmente aspetos  extrínsecos segundo Helena Quintas existem dois paradigmas na orientação e prática de educação de adultos
- Paradigma Neoliberal ou Humanista
- Paradigma Crítico Liberal

A nossa formadora , doutora Rita Barros entende que devemos “distinguir o paradigma neoliberal/ individualista , ou seja aquele que tem vindo a conquistar  protagonismo na União Europeia do paradigma crítico humanista/existencial aquele em que o conceito de ALV e de aprendizagem de adultos não se reduz às questões utilitaristas da aprendizagem”.

Abordaremos as várias teorias da aprendizagem mas com especial cuidado a teoria da reflexividade crítica  e a teoria do modelo dialógico funcional por entender que são as duas mais representativas da literatura nesta área.

A Teoria da Reflexividade Crítica de Mezirow
Esta é uma das abordagens que tem vindo a ter mais protagonismo porque “ é concebida como processo que recorrendo a interpretações anteriores, visa construir uma nova interpretação, ou uma interpretação alterada do sentido da experiência atual , orientando  a ação futura “ in Rita Barros.

Recorrendo ao contributo de Habermas , a teoria da reflexividade crítica entende a educação de adultos como um “ processo de capacitação, no sentido de explicitar , elaborar e atuar na relação que se estabelece com  a realidade”




A consciência contextual e a reflexividade crítica como processo social e enquanto competência é mais facilmente construída na interação com  o outro.
 





Mezirow distingue vários tipos de aprendizagem:
a)     Instrumental (mais baseada nos conceitos de causa-efeito ,
b)     Significativa  ( com caracter mais abstrato),
c)     A dialógica ( através da validação do discurso de outrem).
Essencial é ter a consciência crítica para que se possam operar mudanças. Se assim acontecer poderão ser tomadas decisões mais conscienciosas. A racionalidade e a reflexão crítica são as chaves que levam à transformação.
Apesar desta racionalização em absoluto por Mezirow  não podemos descurar a chamada inteligência emocional e mesmo aspetos emocionais e afetivos

As teorias críticas articulam-se com as teorias sociais segundo as quais “ A
educação deve permitir resolver problemas de natureza social, cultural e ambiental” e aqui retomamos o pensamento crítico de Paulo Freire :



A educação deverá ser crítica no sentido de se vir a tornar libertadora e o individuo será autor responsável da sua própria história
 




Teoria da aprendizagem baseada no Modelo Dialógico-Social
A doutora Rita Barros  afasta-se dos modelos utilitaristas com vista à mercantilização da educação. Este modelo teórico ” parte do principio de que a educação pressupõe um desenvolvimento holístico e  integral da pessoa”.

O modelo dialógicos –social preconiza aprendizagem numa perspetiva global e integrada, ao valorizar a construção de competências sociais, experiências prévias, a consciência crítica , o pensamento e a participação e gestão social”.
Segundo Requejo Osório

 O que se pretende não é minimizar as deficiências mas antes desenvolver as potencialidades
      
                                                                                                                 
A compreensão da realidade depende do conhecimento  e da possibilidade de ação sobre a mesma o que permite direcionar a educação  de adultos no sentido da mudança e da transformação social.

Como nos dizia a nossa formadora acerca da dificuldade de construirmos um mapa conceptual teórico, sobre a aprendizagem de adultos resulta que o mais viável será aquele que for construído com os pressupostos de base que concebeu a aprendizagem de adultos numa lógica dinâmica , integrativa e integradora sustentada  na autonomia, reflexividade e na valorização da experiências de vida .

1-       Figura com rationales teóricos que subjazem ao modelo dialógico social
Abordamos os vários modelos de aprendizagem de adultos e a conclusão a que chegamos é a de que os modelos integrativos serão os que melhor aplicação deverão ter no futuro, e quanto mais abrangentes forem mais soluções conseguirão reunir para aprendizagem de adultos.

Fernanda Mexia
26.06.2013

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