quinta-feira, 27 de junho de 2013

A importância do Currículo

A importância do Currículo

No âmbito do módulo que estudamos diz Helena Quintas “ que os formandos devem ser convidados a encontrar exceções às suas experiências, mais frequentes em vez de se verem prisioneiros de uma história que eles não criaram, devem ser desafiados a relacionar a sua experiência de vida com a de outras pessoas”.
É este processo que vai levar ao Self Construído no âmbito da aprendizagem dialógica. Resulta deste diálogo igualitário construído com outros participantes várias interpretações, que não são definitivas, todas as informações estão pendentes de questionamentos futuros e são potencialmente refutáveis.

Exemplos de projetos educativos diferentes
Tertúlias Literárias
Lojas do Saber
Bolsas do Saber
Salões de Histórias

Tendo por base este tipo de oficinas alguns autores criaram o conceito de inteligência cultural, que engloba estas conceções e como as ultrapassa, ao afirmar que é através da interação entre diferentes pessoas que estabelecem uma relação, uma interação comunicativa e que se atingem entendimentos de âmbito cognitivo, ético e afetivo

Não se pretende que ninguém venha a impor ideias a outro- as opções que conduzem a reais transformações não são impostas, são criadas conjuntamente através de uma comunicação horizontal entre todos.

A abordagem dialógica “ permite decidir coletivamente através das aprendizagens quais são os objetivos e quais vão ser os conteúdos do que vai ser objeto de aprendizagem”.
Quando exportamos para públicos adultos com maiores ou menores ajustamentos, os currículos escolares transformam-se numa fórmula inevitável de desmotivação, abandono, insucesso e desperdício de recursos.
É um erro e uma perda de tempo, um desperdício de meios humanos e materiais e um desrespeito por quem precisa e merece uma formação que ajude a construir as competências básicas que não foram adquiridas no tempo certo.

As ofertas de educação e formação de adultos devem ser diversificadas quanto
- metodologia
- recursos
- ritmos
- espaços
- tempos
de forma a serem adequadas à diversidade de situações. Surge assim a necessidade  de ultrapassar o modelo escolar.
O que deve marcar a diferença de um curriculum destinado a pessoas adultas é o seu propósito e a sua forma
Nada de compensar o tempo perdido, o público é outro , e os meios e as formas tem que ser necessariamente diferentes.
As práticas a desenvolver em educação e formação de adultos devem centrar-se no sujeito e na sua capacidade para se utilizar como recurso de aprendizagem. Este tipo de formação deve adotar uma perspetiva interdisciplinar que rentabilize nas situações de ensino, experiências de aprendizagem adquiridas no sentido de se vir a fazer uma fertilização de conhecimentos.

Fernanda Mexia
27.06. 2013

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